quarta-feira, 19 de setembro de 2007

As buscas e as respostas II


Nunca confiei nos remédios. Talvez porque eu nunca tenha tido enxaqueca, precisando recorrer à Neosaldina, como muita gente que conheço.


O fato é que os remédios são coisas. Concretas. A gente toca.


Acho que algumas pessoas se sentem muito mais aliviadas quando podem perceber um ponto de contato com aquilo que vai curar do que quando existe algum efeito real a ser notado.


Talvez, por isso, haja clientes de garrafadas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro Refugiado da Objetividade,
Há clientes par garrafadas? Sim. A ciência é uma delas. Explico-me. Cada vez + a tendência em ciências tem sido a de assumir que não podemos conhecer a essência de nada pq ela está fora dos limites do metodo científico. A essência cabe á filofofia e à religião. O que fazer então? Analisar a aparência, a manifestação, como os fenômenos são percebidos. As garrafadas são realidades científicas, portanto. Entendendo + as garrafadas da vida, poderemos compreender pq, por exemplo, pq a renda média aumenta e as pessoas sentem-se + pobres.
Decifrar as garrafadas e não desprezá-las é nossa tarefa para medir o intangível.
um ab
Edu

Ronaldo Martins disse...

Você está me saindo cada vez mais "cientista".
abs

Pedro Ivo Martins Brandão disse...

Garrafada eu nunca tinha ouvido falar. Pelo menos ele acertou a forma de escrever "Diabete", "Bronquite", "Levanta a Moral" e "Coluna". A sabedoria popular não pode ser descartada, mas essa história de garrafada é demais.

Anônimo disse...

Lendo este texto, me lembrei de que, passando pela rua Vila Rica, que vem da Av. Tereza Cristina e desemboca na Pedro II, parei num semáforo que tem, bem em frente, uma Igreja Universal do Reino de Deus (acho que é assim mesmo, com as iniciais em maiúsculo. Vi então uma oferta tentadora que era mais ou menos assim: "Entre aqui, adquira um frasco com águas do Rio Jordão onde Jesus foi batizado, e depois de beber, você ficará totalmente curado dos males que te afligem: dor de cabeça, dor de coluna, reumatismo, diabetes, câncer..." e nem me lembro mais do elenco de doenças que aquela garrafada milagrosa podia curar.

Como se pode ver, meu amigo, garrafadas existem aos montes. Talvez o que precisamos mesmo é descobrir qual a nossa doença e escolher a garrafada adequada. Caso não saibamos o nosso diagnóstico experimentar qualquer uma dessas disponíveis no mercado... ou continuar com as nossas doenças.

Acho que fico com a terceira opção até porque, com a garrafada de um bom Cabernet Sauvignon posso até não curar os meus males, mas prorrogo-os para o dia seguinte,ahahah!!!