segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O amor e suas escolhas


Vou buscar uma frase como pretexto para falar de um tema que não sai do blog. A música do Fernando Brant me veio à cabeça por acaso e diz: "o medo de amar é o medo de ter de, a todo momento, escolher, com acerto e precisão, a melhor direção"

Não sei o que ele quis dizer, mas sei o que penso quando ele diz.

O amor verdadeiro só é pleno quando pode caminhar junto, quando olha o mesmo horizonte, quando espera chegar lá tendo ainda consigo a coisa amada.

Não, não quero dizer que seja tudo uma fantasia embalada como um conto de fadas. Porque não é uma fantasia, é amedrontador pensar que devemos fazer escolhas definitivas a todo instante. Sem elas, deixamos de amar. Errando, podemos não chegar lá. Resta-nos, então, escolher certo.

Todos desejam um amor que seja infinito. Entre o desejo e o real, estão as escolhas.




 Beto Guedes - O medo de amar é o medo de ser livre


O MEDO DE AMAR É O MEDO DE SER LIVRE
(Beto Guedes - Fernando Brant)

O medo de amar é o medo de ser
Livre para o que der e vier
Livre para sempre estar onde o justo estiver

O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão a melhor direção

O sol levantou mais cedo e quis
Em nossa casa fechada entrar pra ficar

O medo de amar é não arriscar
Esperando que façam por nós
O que é nosso dever: recusar o poder

O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz



sábado, 15 de novembro de 2008

Quem você é?



Voltei. Não imaginava que umas semanas de trabalho intenso poderiam me impedir de produzir algum post atualizado. É verdade que sumi. Ao contrário de amigos que escrevem quando estão sob stress, como o Eduardo, eu não consigo ser assim. Se algo não me incomoda, não dá pra escrever. E escrever sobre trabalho não é nada atraente. O trabalho foi a única coisa que me tocou nas últimas semanas, além da minha amada.

Estou aqui pensando. Somos dois.

Um de nós precisa seguir as demandas da vida. Está sempre pronto a produzir, atender à lógica da produtividade, fazer aquilo que esperam de nós.

O outro quer transgredir. Procura ser feliz, gozar, ver estrelas na escuridão, encontrar amigos onde só há desilusão, descobrir a fórmula da felicidade que não se esgota.

Quem vence esse embate? Quem você quer que vença?

Ouça o Lenine.


 Lenine - Paciência


Paciência
(Lenine)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...