sexta-feira, 4 de abril de 2008

Elizabeth Barret Browning



Quem me dera falar de amor como ela.
Esta é uma poeta inglesa do século XIX, traduzida para o português por Manuel Bandeira (que dupla!).
Este soneto é considerado um dos mais belos poemas escritos por uma mulher em língua inglesa (não me perguntem quem fez esta eleição):

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.

10 comentários:

Anônimo disse...

Caro Jornalista-Retornado,

Você usou justamente Elizabeth Barret (o Brownig ela só adquiriu depois de escrever este poema) para trazer o assunto de volta (Alias o amor nunca vai, sempre está por aí:->). Belíssima escolha, um Bandeira radical do amor traduzindo uma poeta (desculpe-me não gosto do “poetisa”) com uma história de vida na qual o amor foi central. Vida que mistura, acasos (?)rsistência, devoção, tristeza e felicidade é de Elizabeth.
Curioso é perceber que a poesia dela sobre o amor q vc postou (e a maioria delas) foi justamente produzida na época da vida na qual ela não podia viver o amor, apenas ansiar por ele. Viveu toda a adolescência e parte da juventude em uma reclusão que por causa de uma mistura de doenças respiratórias, depressão e um pai severo. Em suma, a perfeita donzela . Seu amado, o Robert Browning a conheceu pela poesia e depois e mais de 500 cartas de amor (publicadas e copiadas por amantes até hoje) em segredo depois, tiveram que fugir. Ela teria se recuperado fisicamente por amor. Depois de algum tempo juntos, muito amor, um filho e pouca poesia, ela morreu. Um exemplo de amor que foi militânci, paixão,tragédia, tudo.
Fico pensando se justamente o amor não é um tema que nos preocupa mais quando não o temos, quando sentimos falta dele. Pensar sobre o amor, refletir sobre ele nos aproxima do amor que nos falta. E sempre nos falta amor. Sempre devemos e temos dívidas de amor.
Se não é o tema da ausência. Alguém já disse que bons sentimentos não produzem boa literatura (acho q pessoas felizes devem é compor axé, e outras coisas terríveis desta:->).
Talvez seja assim com o amor, pensamos nele porque precisamos, porque nos carece. E não me refiro só ao amor erótico (iria escrever de “amor um homem por uma mulher”, mas isto já não é regra mais:->)
Mais um pedacinho de poema dela...como não tenho o Bandeira para me ajudar, traduzi eu mesmo
“E ainda porque eu te amo, Eu obtenho
Do mesmo amor esta graça restauradora
Para viver ainda no amor, ainda que vão
Para abençoar-te, ainda que eu renuncie a tua face”

Um ab

Sandra Leite disse...

Como é que o Edu sabe tudo isso :?P

Ronaldo Martins disse...

Ora, Sandra, foi de um livro do Edu que eu tirei este poema.
Sendo assim...
É isso tudo mesmo que ele falou.
abs

Anônimo disse...

Gosto mais do Byron.

Anônimo disse...

Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the Teclado e Mouse, I hope you enjoy. The address is http://mouse-e-teclado.blogspot.com. A hug.

Anônimo disse...

Oh, não! Blog congelado de novo!

Ronaldo Martins disse...

É Jasão, acho que vou sepultá-lo, seguindo seu exemplo.

Sandra Leite disse...

Homens desistem facilmente de qualquer coisa :PO

Anônimo disse...

quê isso, cara! Faz isso não!

Eu me cansei da blofosfera, porque fui plagiado descaradamente - preferi guardar meus escritos! Mas se algo semelhante não rolou contigo, não deixe seus leitores na mão!

Abraço, e... por que cruzeirenses enfurecidos? Os alteticanos é que estão enfurecidos... hehehe

Ah, podem me acompanhar no endereço

www.filosofiapucminas2008.blogspot.com

disse...

Pesquisando uma poesia curta e 'impactante' para uma tarde de declamações, cheguei até seu blog.
Santo Google, procurando Soneto de Amor de Neruda, me jogou aqui. Gostei muito e já está em meus favoritos.
Parabens
Não usarei o Soneto, encontrei algo lindo (tb de Neruda) que compartilho com vocês:

Amo o amor que se reparte
em beijos, leito e pão.

Amor que pode ser eterno
mas pode ser fugaz.

Amor que se quer liberar
para seguir amando.

Amor divinizado que vem vindo.
Amor divinizado que se vai.


Abraços