
“Nada é realmente seu quando você não pode dividir com as outras pessoas”.
Li a frase em uma destas revistas de companhias aéreas. Parece um bordão de almanaque, mas dizem que é um ditado muito popular na Hungria. Não importa a origem. A afirmativa pode significar bastante.
Quando parei para pensar no conteúdo que estava posto ali me veio logo à mente o encontro de Jesus com um jovem rico, narrado nos Evangelhos. Confrontado com a proposta de Jesus (dividir tudo o que tinha com os pobres), ele fez silêncio e prosseguiu no seu caminho. A verdade é que o dinheiro do qual o jovem tinha posse não lhe pertencia. E por que não? Porque era um dinheiro que o aprisionava ao egoísmo, ao individualismo, à opressão dos mais pobres, à vaidade. Estes valores eram os verdadeiros donos do dinheiro que haviam emprestado ao jovem. Ele realmente não poderia dividi-lo com os pobres.
Se não temos uma atitude de despojamento em relação aos nossos bens, não podemos dizer que eles nos pertencem. O mesmo vale para os sentimentos que pensamos ter desenvolvido em nós. Quem não pode perdoar o outro, nunca desenvolveu em si o perdão; quem não demonstra carinho para com os filhos, não conhece a ternura; quem não pode chorar com aquele que sofre, não sabe o que é a solidariedade.
É bem verdade que nós confeccionamos cortinas para nos impedir de perceber os sentimentos que não estão desenvolvidos em nós. Por esta lógica, tentamos reafirmar que o outro não merece receber o que nos é mais precioso. Se não estamos dispostos a dividir os sentimentos é porque ainda não os temos.
Li a frase em uma destas revistas de companhias aéreas. Parece um bordão de almanaque, mas dizem que é um ditado muito popular na Hungria. Não importa a origem. A afirmativa pode significar bastante.
Quando parei para pensar no conteúdo que estava posto ali me veio logo à mente o encontro de Jesus com um jovem rico, narrado nos Evangelhos. Confrontado com a proposta de Jesus (dividir tudo o que tinha com os pobres), ele fez silêncio e prosseguiu no seu caminho. A verdade é que o dinheiro do qual o jovem tinha posse não lhe pertencia. E por que não? Porque era um dinheiro que o aprisionava ao egoísmo, ao individualismo, à opressão dos mais pobres, à vaidade. Estes valores eram os verdadeiros donos do dinheiro que haviam emprestado ao jovem. Ele realmente não poderia dividi-lo com os pobres.
Se não temos uma atitude de despojamento em relação aos nossos bens, não podemos dizer que eles nos pertencem. O mesmo vale para os sentimentos que pensamos ter desenvolvido em nós. Quem não pode perdoar o outro, nunca desenvolveu em si o perdão; quem não demonstra carinho para com os filhos, não conhece a ternura; quem não pode chorar com aquele que sofre, não sabe o que é a solidariedade.
É bem verdade que nós confeccionamos cortinas para nos impedir de perceber os sentimentos que não estão desenvolvidos em nós. Por esta lógica, tentamos reafirmar que o outro não merece receber o que nos é mais precioso. Se não estamos dispostos a dividir os sentimentos é porque ainda não os temos.
3 comentários:
Não me arrisco a lançar mão de jargão jornalístico, coisa que não domino, mas há muitos e muitos anos os jornalistas cansados da objetividade tinham um nome: cronistas. Esta denominação o colocaria na companhia de Drummond, Rubem Braga, etc etc, só que com a rede mundial de computadores à disposição, o que eles só tiveram postumamente. Gostei do que li, por isso escrevi!
Na verdade, todos nós, jornalistas ou não, podemos ser cronistas. Basta olhar o que acontece à nossa volta e buscar coisas que façam sentido para nós. Quem sabe não podemos fazer isso juntos?
Lembrei da musica...
"Desejo que vc tenha dinheiro mas que de vez em quando vc diga a ele quem é dono de quem"
Postar um comentário