quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A fome (ou a fartura) no mundo

Você sabe quanto uma família gasta para se alimentar durante uma semana?
Depende...
da família e do país.

Nos Estados Unidos




No Japão



Na França



No Equador



Na Mongólia



No Chade

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Eutanásia


Esta crônica do Rubem Alvez foi publicada na Folha de São Paulo desta terça,08/01.
O tema é polêmico.
Mas só quero dizer que concordo com ele.

"SEMPRE QUE SE FALA EM EUTANÁSIA ,os seus opositores invocam razões éticas e teológicas. Dizem que a vida é dada por Deus e que, portanto, somente Deus tem o direito de tirá-la. Eutanásia é matar uma pessoa e há um mandamento que proíbe isso. Assim, em nome de princípios universais, permite-se que uma pessoa morra em meio ao maior sofrimento.
Pois eu afirmo: sou a favor da eutanásia por motivos éticos. Albert Camus, numa frase bem curta, disse que, se ele fosse escrever um livro sobre ética, 99 páginas estariam em branco e na última página estaria escrito "amor". Todos os princípios éticos que possam ser inventados por teólogos e filósofos caem por terra diante dessa pequena palavra: "amar". Deus é amor. (...)
Mas eu pergunto: a vida não será como a música? Uma música sem fim seria insuportável. Toda música quer morrer. A morte é parte da beleza da música. A manga pendente num galho: tão linda, tão vermelha. Mas o tempo chega quando ela quer morrer. A criança brinca o dia inteiro. Chegada a noite, ela está cansada. Ela quer dormir. Que crueldade seria impedir que a criança dormisse quando o seu corpo quer dormir.
A vida não pode ser medida por batidas e coração ou ondas elétricas. Como um instrumento musical, a vida só vale a pena ser vivida enquanto o corpo for capaz de produzir música, ainda que seja a de um simples sorriso. Admitamos, para efeito de argumentação, que a vida é dada por Deus e que somente Deus tem o direito de tirá-la. Qualquer intervenção mecânica ou química que tenha por objetivo fazer com que a vida dê o seu acorde final seria pecado, assassinato.
Vamos levar o argumento à suas últimas conseqüências: se Deus é o senhor da vida e também o senhor da morte, qualquer coisa que se faça para impedir a morte, que aconteceria inevitavelmente, se o corpo fosse entregue à vontade de Deus, sem os artifícios humanos para prolongá-la, seriam também uma transgressão da vontade divina. Tirar a vida artificialmente seria tão pecaminoso quanto impedir a morte artificialmente, porque se trata de intromissões dos homens na ordem natural das coisas determinada por Deus.
A vida, esgotada a alegria, deseja morrer. O que eu desejo para mim é que as pessoas que me amam me amem do jeito como eu amo os meus cachorros." (Rubem Alves)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Desejos de ano novo


Quando começa um novo ano, a gente sempre pensa em desejos.
O que você deseja em 2008?

Na verdade, desejamos apenas ser feliz. Como disse o Renato Russo: "toda dor vem do desejo de não sentirmos dor".

Para o Spinoza, a alegria, a tristeza e o desejo são os sentimentos básicos, dos quais derivam todos os outros. Desejamos coisas que nos ajudem a aumentar a alegria e/ou diminuir a tristeza. Ele afirma ainda que nós não desejamos as coisas porque elas são boas, mas pensamos que as coisas são boas porque tendemos para elas.

Sendo assim, ouso dizer que nem todo desejo é bom.

Vou à pergunta inicial: o que você deseja em 2008?