
Quem me dera falar de amor como ela.
Esta é uma poeta inglesa do século XIX, traduzida para o português por Manuel Bandeira (que dupla!).
Este soneto é considerado um dos mais belos poemas escritos por uma mulher em língua inglesa (não me perguntem quem fez esta eleição):
Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
10 comentários:
Caro Jornalista-Retornado,
Você usou justamente Elizabeth Barret (o Brownig ela só adquiriu depois de escrever este poema) para trazer o assunto de volta (Alias o amor nunca vai, sempre está por aí:->). Belíssima escolha, um Bandeira radical do amor traduzindo uma poeta (desculpe-me não gosto do “poetisa”) com uma história de vida na qual o amor foi central. Vida que mistura, acasos (?)rsistência, devoção, tristeza e felicidade é de Elizabeth.
Curioso é perceber que a poesia dela sobre o amor q vc postou (e a maioria delas) foi justamente produzida na época da vida na qual ela não podia viver o amor, apenas ansiar por ele. Viveu toda a adolescência e parte da juventude em uma reclusão que por causa de uma mistura de doenças respiratórias, depressão e um pai severo. Em suma, a perfeita donzela . Seu amado, o Robert Browning a conheceu pela poesia e depois e mais de 500 cartas de amor (publicadas e copiadas por amantes até hoje) em segredo depois, tiveram que fugir. Ela teria se recuperado fisicamente por amor. Depois de algum tempo juntos, muito amor, um filho e pouca poesia, ela morreu. Um exemplo de amor que foi militânci, paixão,tragédia, tudo.
Fico pensando se justamente o amor não é um tema que nos preocupa mais quando não o temos, quando sentimos falta dele. Pensar sobre o amor, refletir sobre ele nos aproxima do amor que nos falta. E sempre nos falta amor. Sempre devemos e temos dívidas de amor.
Se não é o tema da ausência. Alguém já disse que bons sentimentos não produzem boa literatura (acho q pessoas felizes devem é compor axé, e outras coisas terríveis desta:->).
Talvez seja assim com o amor, pensamos nele porque precisamos, porque nos carece. E não me refiro só ao amor erótico (iria escrever de “amor um homem por uma mulher”, mas isto já não é regra mais:->)
Mais um pedacinho de poema dela...como não tenho o Bandeira para me ajudar, traduzi eu mesmo
“E ainda porque eu te amo, Eu obtenho
Do mesmo amor esta graça restauradora
Para viver ainda no amor, ainda que vão
Para abençoar-te, ainda que eu renuncie a tua face”
Um ab
Como é que o Edu sabe tudo isso :?P
Ora, Sandra, foi de um livro do Edu que eu tirei este poema.
Sendo assim...
É isso tudo mesmo que ele falou.
abs
Gosto mais do Byron.
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Oh, não! Blog congelado de novo!
É Jasão, acho que vou sepultá-lo, seguindo seu exemplo.
Homens desistem facilmente de qualquer coisa :PO
quê isso, cara! Faz isso não!
Eu me cansei da blofosfera, porque fui plagiado descaradamente - preferi guardar meus escritos! Mas se algo semelhante não rolou contigo, não deixe seus leitores na mão!
Abraço, e... por que cruzeirenses enfurecidos? Os alteticanos é que estão enfurecidos... hehehe
Ah, podem me acompanhar no endereço
www.filosofiapucminas2008.blogspot.com
Pesquisando uma poesia curta e 'impactante' para uma tarde de declamações, cheguei até seu blog.
Santo Google, procurando Soneto de Amor de Neruda, me jogou aqui. Gostei muito e já está em meus favoritos.
Parabens
Não usarei o Soneto, encontrei algo lindo (tb de Neruda) que compartilho com vocês:
Amo o amor que se reparte
em beijos, leito e pão.
Amor que pode ser eterno
mas pode ser fugaz.
Amor que se quer liberar
para seguir amando.
Amor divinizado que vem vindo.
Amor divinizado que se vai.
Abraços
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